30 setembro 2006

Periglicófila eu?



Para quem não sabe eu sou coleccionadora de Pacotes de Açucar. Tudo começou como uma bricadeira até que me entreguei mesmo à "arte" e até os meus amigos, numa ou outra viajem, me ajudam a abastecer o lote que confesso, já perdi a conta. De Países, a Cidades, a estações de serviço, de campanhas de prevenção, quadros, carros, flores, sei lá... tantos temas, o que é certo é que o volume lá vai ganhando a sua forma e eu já me assemelho a uma pequena formiguinha mantendo o seu harém.
De brincadeiras ou não, eis que a doce relação já tem nome: Periglicofilia, perí (do grego, “ao redor”), glico (do grego glykñs , “doce”) e filia (do Grego phílos , “amigo”). Daí eu hoje puder afirmar que sou uma periglicófila.
Deixo-vos, aqui entre nós, estes 7gr de conhecimento a tom somente de uma doce curiosidade.

29 setembro 2006

Uma lufada de ar fresco...


Tudo para o ambiente, nada para os Republicanos!
De actor a governador a, agora, desafiador. Antes de mais tenho de "dar a mão à palmatória" pois se algum governador houvesse a confrontar o Presidente dos E.U.A., nunca pensei que fosse um ex-actor e ainda para mais, sendo também ele, republicano.
Quando nos referimos aos E.U.A. como a maior potência no mundo é até um pouco ambíguo vemo-los como tal, pois que nem em todos os aspectos o são, e grande clivagem existe exactamente na questão ambiental. Mas isto é uma opinião pessoal.
Ora, quando mais de 150 países já integram o Protocolo de Quioto que tem como grande objectivo retardar as alterações climáticas que, lembro, já se fazem sentir, eis que temos a dita maior potência que deveria dar o exemplo a argumentar que, industrializada que é, tem de sair do Protocolo para bem das indústrias. Para além disso, Quioto e CO2 não são bons amigos e, em matéria de amizade, as economias industrializadas ficam-se pelo CO2...
Pois, para o bem... só se for realmente das indústrias porque, por este andar... morremos todos mais cedo e os americanos... vão primeiro! Então em sociedades modernizadas que temos, não existe compatibilização entre produtividade e nível de poluição??? O Protocolo não vem abolir a poluição porque, infelizmente, esta acaba mesmo por ser um mal necessário... Mas não podemos arranjar níveis intermédios onde protegemos o clima, a saúde e todo o ecosistema em geral? Então não é possível esta compatibilização com níveis máximos de poluição estabelecido para as indústrias no seu funcionamento? Penso que sim!
Arnold Schwarzenegger adopta, desta forma, uma espécie de Protocolo de Quioto local para o Estado da Califórnia lançando um aviso a Bush, ainda que indirectamente, mas com todo o apoio do, aliás, também amigo do Presidente Americano, Tony Blair. Na sua inovadora Lei a diminuição dos gases nocivos terá de diminuir. Os opositors já se rebelaram, invocam o deslocamento de indústrias para outros Estados e a desgraça para o Estado Californiano, os apoiantes apontam este mesmo Estado como exemplo para outros e, quiçá, para outros países.
Aqui entre nós, eu espero sinceramente que sim. A alteração climática é uma realidade e deveria ser uma precocupação mundial onde os países, ditos, fortes, deviam implementar medidas pioneiras no sector. E mais, o que deveria ser proibido sim, era a poluição realizada pelo Sr. Presidente dos E.U.A. de cada vez que abre a boca, pelo menos, no que toca a justificações ambientais. É que em termos de ambiente a acentuação, se não enviesada, parece um pouco esdrúxula.

27 setembro 2006

Vá mesmo para fora, cá dentro...


Não podia deixar de assinalar que hoje foi o dia Mundial do Turismo.
Num país com tanto para oferecer penso que muito mais há a fazer e muito mais há a investir. E não pensemos que essa tarefa só cabe aos grandes, médios e até aos pequenos empresários, não, essa tarefa cabe-nos também a nós.
De lembrar hoje também que a nossa fama somos nós que a fazemos, por isso, vamos apostar no que temos de melhor, valorizar, conhecer e conhecer para dar a conhecer. Engane-se o que pensa que só um "Madame Tussauds" em Inglaterra, um LOUVRE em França ou uma Biblioteca de Fulda na Alemanha é que são produto de qualidade. Aqui entre nós temos cultura e de grande qualidade apostando-se na diversidade. Mas mais, já repararam na qualidade paisagistica do nosso Portugal português? Quem não sonha a vislumbrar "um Gerês"? E isto é só um dos muitos exemplos...
A assinalar este dia imensos Museus abriram as suas portas ao público GRATUITAMENTE. Da arte antiga, aos trajes, dos coches ao teatro, passando pela arqueologia, este foi um gesto simbólico para assinalar a importância da nossa cultura, incentivando e até publicitando o que, aqui entre nós, temos de melhor.
Da minha parte só posso lamentar não ter ido mas, sabendo que os dias não se escolhem, quarta-feira, é dia de trabalho... uma pena!

Ouro sobre azul...


Sendo Portista de alma e coração foi com alguma desilusão que vi crescer um Processo denominado de "Apito Dourado".
Mais, tendo também uma ascedência com origens a norte do país, ainda mais desiludida fico por a maioria dos, eventuais, pronunciados serem os "patrões a norte".
Parece-me, no entanto, que este caso, a pouco ou a coisa nenhuma, vai dar. De não haver durante meses Juíz de Instrução (parece que finalmente foi nomeado um), do processo ter demorado 9 meses a ser distribuído a um Juízo (só agora terá sido entregue aos cuidados do 1º Juízo Criminal do Tibunal de Gondomar) e de acusações aos "interessados do processo" (por estes estarem a obstruir ao seu regular andamento), aparecem agora nomes de peso e, aparentemente, idóneos nestas "andanças da bola", a dizer que não poderá haver pronúncia pois existem querelas que desembocam em inconstitucionalidades. Pois, ao que parece o Prof. Gomes Canotilho (embora não tenha sido o único), nome respeitadíssimo no mundo do Direito, afirma que existe inconstitucionalidade da lei que pune a corrupção desportiva. E eu a saber disto só penso, lá estão, OUTRA VEZ, a separar as àguas entre Justiça e Futebol. Mas porquê??? E diga-se, contra mim falo...
Mas nem tanto. Das acusações a serem proferidas contra Pinto da Costa (e aqui o benefício da dúvida), segundo soube, são consideradas influências sim, "mexidas de cordelinhos" também, mas notem, no âmbito de despenalizar jogadores de jogos de ausência, não aplicar castigos tão sancionatórios aos chamados casos de jogo, não aplcar sanções restritivas aos treinadores e somente, vejam, depois dos jogos terem acontecido.
Onde quero chegar? Somente a esta conclusão: é óbvio que não é meritório para uma equipa de futebol ter o seu Presidente envolvido num caso de Justiça pondo em causa o Clube, pondo em causa tudo o que o envolve. E se PC for de facto pronunciado e, no fim, condenado, acho que a Sentença deve ser escrupulosamente cumprida. Mas também não me venham dizer que o FUTEBOL CLUBE DO PORTO quando ganhou campeonatos, e falo nomeadamente do ano em que ganhámos a Liga dos Campeões, não foi por merecer... havia alguma equipa, honestamente, que tenha jogado melhor que o FCP nesse ano??? Não, não houve! E Justiça é Justiça, a condenar que se condene que não sou pessoa de ter "duas palas" mas, se ganhámos... aqui entre nós, ganhámos muito bem! Poderá ainda haver outro tipo de pronúncia por ilegalidades que não somente as que referi mas quando uma equipa em campo é manifestamente superior, então, que ganhe seja ela de que cor for...
E ainda aqui entre nós, podem até apontar o dedo ao Pinto da Costa mas o Barão do Futebol, esse, mora em Gondomar...

26 setembro 2006

Sem Papa's na língua

Após as polémicas citações do Papa sobre o Islão e a Jihad na Alemanha, continuamos a ter proferidas opiniões contraditórias, um pouco em toda a parte.
A minha perspectiva da referida polémica é que essas opiniões são fruto disso mesmo, da posição contraditória que este Papa assumiu no Vaticano. Enquanto João Paulo II estabelecia ele próprio as tentativas de apaziguamento entre religiões e povos de culturas diferentes tendo mesmo, na minha visão dos factos, conseguido, vem o seu sucessor e deita por terra anos de "diplomacia".
Eu até concordo com Durão Barroso quando este diz que se deve defender a liberdade de expressão, discordo com o Padre António Rêgo que afirma que se deve ter em consideração que o Papa discursava numa Universidade, para académicos e por isso, para pessoas instruídas. Não! O Papa fala para o Mundo, tendo ele a representatividade que tem e sendo ele o "Pontíficie" da religião Católica, é óbvio que as suas palavras têm repercussões em todo o Mundo e são ouvidas em todo o Mundo, até, pelos seus "não seguidores".
Será Medieval sim a sua ingenuidade ao afirmar que tais citações não seriam uma ofensa e sim um apelo. Ingenuidade essa que, aqui entre nós, não existia.
Sendo Bento XVI uma pessoa inteligente, que é, sabia bem por que "areias movediças" estava a passar, sabia o que queria atingir, e... atingiu! Não nos podemos esquecer que numa era em que o Ocidente progrediu, o Oriente ficou centrado nas suas opções religiosas e hoje são fundamentalistas. Não nos podemos esquecer que como o povo diz: "não é com vinagre que se caçam moscas" e que, se vem o catolicismo falar do Islamismo, isso não pode ser visto como benéfico junto de, repito, fundamentalistas. Já seria ingenuidade a mais...
Pareceu-me que um discurso intelectual sobre este tema de religião e violência em datas de aniversários de atentados terroristas a "bem" do Islamismo ou a "bem" do que for, não é, para mim, um discurso inteligente. Para um povo que ainda pensa que morrer porque sim é fixe, e perdoem-me a expressão, estarmos nós, os "instruídos" com discursos teológicos, académicos ou simplesmente medievais a querer pregar aos "peixes", o que acontece é que vão fazer eles uso da ignorância e usar do que estavamos nós, no final das contas a tentar pacificar.
Aqui entre nós, a opção de João Paulo II era, de facto, a melhor e para provar isso teremos mesmo de esperar o funeral de Bento XVI e logo veremos que contributo teve ele junto dos outros povos e no final, teremos o caminho...

Nota de autor... pessoal


Permitam-me uma nota breve...
Pensei sériamente se deveria publicar ou não o post "Abaixo de cão..."
Porquê? Por se tratar de algo demasiado pessoal.
Optei por publicar e espantosamente é o post que me mereceu mais elogios e do qual me falam com grande entusiasmo e sincera emoção.
Um muito obrigado a todos, à Inês e ao meu irmão que fizeram questão de comentar e aos que o fizeram pessoalmente. Acho que este, e permitam-me, sucesso, se deve ao facto ter tocado no que devia ser a essência ser humano: os sentimentos.
Fico feliz e ao mesmo tempo orgulhosa pois acabei por dar uma "bofetada sem mãos" (ou não) aos que nada fizeram para me apoiar (sendo a mim muito próximos), aos que me gozaram (não me sendo nada), enfim... aos que são menores a si mesmos.
Aqui entre nós, os nossos animais são especiais exactamente por isso, são fieis à sua natureza... já os Homens...

Guerra dos Mundos!?


Alberto João Jardim já apregoa para quem quiser ouvir, aliás, como sempre, que a vigorar uma nova Lei de Finanças das Regiões Autónomas ele irá fazer questão de não cumprir.
Não sou pela sua extrema exuberância mas a verdade é que a maioria dos Madeirenses apoia-o e isso deve-se, essencialmente, por este defender desta mesma maneira efusiva, esta Região, manifestado apoio também, em cada eleição por que passam.
De que forma o faz não sei, se tem posto em causa o equilíbrio orçamental também não sei, mas desta vez tenho de lhe dar razão: esta reforma trata-se de um ataque pessoal. Não me lembro de numa outra legislatura ouvir falar tanto deste duelo de titãs: Continente vs Madeira. E porquê? Exactamente por isso, por estar em causa somente a Madeira.
Segundo sei, os Açores não serão penalizados. Ora, num momento em que os Açores se tecem por linhas rosas, haver uma proposta tão correctiva para o orçamento da Região Autónoma da Madeira, ser a ela direccionada e não o ser para os Açores é, no mínimo duvidoso e pessoal.
E não me venham dizer que nos Açores não se recorre ao crédito, não se faz despesa pública e não se põe em causa também o equilíbrio orçamental...
Acho uma boa medida? Sim! É sempre bom e viável evitar o excessivo endividamento das Regiões e das Autarquias locais que o que fazem é um fazer hoje para pagar amanhã. Agora, aqui entre nós, a ser, é para todos, desta forma é que não!
Fica um pouco flagrante demais o que toda a gente já sabe: o Engº José Pinto de Sousa mais conhecido por José Sócrates quer acabar com "Jardins" à beira "mar".

24 setembro 2006

Culpados... até prova em contrário.



Falemos do consumidor e do empregado de loja.
Já alguém questionou a legitimidade dos seguranças das grandes superfícies e lojas em geral? Se dúvidas existem, eu respondo: não têm nenhuma!!! Acham-se donos e senhores do mundo mas podem tanto como eu, em matéria de impor coisa alguma.
E que legitimidade têm os gerentes e/ou donos de loja para "revistar" as malas e sacos dos empregados à saída? (amiga tapa os olhos agora :p) Mais uma vez, NÃO TÊM NENHUMA!!!
Afinal, onde está aqui a preservação da dignidade humana? Então vamos trabalhar e ainda temos de ser considerados "culpados até prova em contrário"? Que constrangimento é este? Uma questão de segurança para o próprio empregado!? Não me parece! Se existirem furtos internos, controlem os empregados, instalem camâras de segurança se preferirem (q.b., claro!), fiquem atentos às movimentações, criem mecanismos LEGAIS para descobrir culpados (SE EXISTIREM), mas não invadam assim a privacidade de cada um de nós bisbilhotando no que temos de mais pessoal sempre à procura do nada, para estarmos impunes.Errado!
Não se deixem ludibriar pela mecânica das lojas pois não passam disso mesmo, mecanismos de lojas e que nada podem, sublino. E não caiam no ridículo de figuras como uma que presenciei num dia destes e que passo a contar: uma senhora fez "disparar" o alarme de uma loja e o segurança mandou-a descalçar-se pois, segundo parecia, tinha um alarme ou algo magnético numa das sandálias, e, segundo me apercebi também (atenta que estava a vislumbrar tanta ingenuidade), ela nada tinha roubado mas conformou-se e achou super normal, ficar DESCALÇA no meio de um grande centro comercial enquanto o segurança e a empregada do balcão andavam às voltas com as ditas sandálias. Tudo no meio do tal grande Centro Comercial, com imensas pessoas a ver e, quiçá, a pensar se seria tal cena para os apanhados!?
Aqui entre nós, sabem quando é que eu ficava descalça no meio de um centro comercial, por imposição de um segurança e nada tendo feito??? NUNCA!!!
Se cada um de nós tentar inverter este acostumar de maus hábitos a pessoas sem legitimidade para quebrar o sentido da dignidade da pessoa humana, repito, então evitaremos este abuso de direito e alcançaremos uma vivência social baseada na confiança e não na desconfiança porque até em matéria normativa vos digo: TODOS SÃO INOCENTES, ATÉ PROVA EM CONTRÁRIO, podem acusar-nos de algo mas então... provem!!!
E se por algo tiverem, mesmo assim, por que passar, então, que seja, pelo menos, por alguém com legitimidade para tal. Aqui entre nós, tenho dito!

22 setembro 2006

Ponha-se na minha pele!


Quem sabe o que é a pitiríase? E a psoríase? Bem, muito sucintamente, têm em comum serem ambas doenças dermatológicas sendo que a segunda é crónica e já atinge 250.000 portugueses. E não me aprofundo em termos técnicos porque estaria a ser desonesta, isto porque não domino a matéria e apenas sei o que o "senso comum" sabe e um pouco mais, pois, já tive pitiríase.
Como toda e qualquer doença, esta também não é bem vinda, mas tem a agravante de se expor a "olho nú". Quando observada por terceiros alheios a tão absoluta falta de sorte, para além do drama de termos a nossa pele alterada, ainda temos de conseguir ultrapassar a crueldade de olhares e comentários que nos são dirigidos.
E a pitiríase rósea, que foi a que tive, colocou-me algumas vezes a chorar e durou cerca de um mês atingindo-me somente o tronco. E digo somente porque, quem tem psoríase passa por um drama maior, a doença é crónica, não atinge só o tronco e a vida altera-se completamente (e aqui um beijo e abraço para a minha ex-colega de basquetebol).
Estes doentes, se é assim que se tratam, para além de se verem a meios com a falta de meios dispendida, e perdoem-me a redondância mas é propositada, têm uma medicamentação que é uma atêntica renda. Com a falta de sensibilidade para esta problemática se não se tiver pais ricos... o melhor, se calhar, é mesmo ir àquele tal banco...
Num dia destes, a caminho de Lisboa, vi uma carrinha velha cheia de cartazes sobre a psoríriase e foi nesse instante que me apercebi que, de facto, poucos são os que a conhecem, acabando por chegar à brilhante conclusão que a divulgação tarda! Resovi, assim, deixar-vos, aqui entre nós, à consideração da vossa sensibilidade, pedindo-vos que pesquisem e vejam por vocês mesmos. E já agora, ponham-se nessas peles!
Entretanto, aqui entre nós, digo-vos que este post é muito sentido e faz todo o sentido!

21 setembro 2006

Missão... Abortar



Quando se fala em aborto a questão, para mim, é duplamente problemática. Primeiro, porque enquanto cidadã que defende que cada um deve ser responsável pelos seus próprios actos (mesmo pelos actos de irresponsabilidade ou mero descuido), não encaixo muito bem o, "querido, tirei o miúdo!". Em segundo lugar, e aqui a minha experiência académica a vir ao de cimo, porque, mesmo estando dois princípios constitucionais em discussão, o direito à vida e o direito de liberdade e autonomia de cada um(no caso, das mulheres), haverá um destes princípios que deve prevalecer sobre o outro.
Para mim o direito à vida!
Questionei-me se poderíamos considerar vida algo que ainda estava em formação... num debate sobre Boiética tive a oportunidade de obter a resposta: sim, temos vida! Isto para a questão científica.
No plano social muitos pró-abortistas para exemplificarem algumas querelas em concreto dizem-me: "para quê terem os filhos se não vão ter condições para os criar"; "para quê encher o bolso à clandestinidade pondo em causa a vida das mulheres"; "para quê ver crianças a serem mães".
Bem, concordo em toda a problemática, descordo da solução dada pelos mesmos. A solução não será para mim tirar, a solução é consciencializar, prevenir, intervir... Consciencializar e prevenir os jovens e, em caso de falha, assumir e intervir com todo o apoio da sociedade e do Estado fazendo-os crescer. Intervir nos meios socialmente desfavorecidos, aliás, intervenção essa que já está operante pois, segundo sei, os Centros de saúde já fornecem contraceptivos gratuitamente. Intervir e evitar a clandestinidade assegurando o que levará uma mulher a pensar em aborto, do económico ao social ,passando pelo estrutural, no fundo, agir.
Para os que pensam que os meios serão acessíveis aos pobres enganam-se, as medidas poderão vir a ser adoptadas, mas até o actual ministro da saúde, Correia de Campos, já disse que o sector privado terá primazia de intervenção no sector, ou seja, o aborto não chegará para todos, será para os ricos. A clandestinidade continuará a existir e o problema também mas, agora, haverão dois.
Assim, só posso dizer que os que pensam que podem tudo, continuarão a fazer tudo. Os que não têm consciência, continuarão a não ter, só que, ir tirar um filho passará a tema de café e, quiçá, passar a vir nas compras do mês.
Será de implementar um dia? Talvez, mas agora não é o momento. Se vou continuar a apoiar excepções, vou! Não sou do tipo de pessoa que pensa que o direito à vida não pode ter excepções sob pena de o estarmos a desvirtuar. Não, como toda a norma, a regra pode ter a excepção. No exemplo das vítimas de violação, e numa sociedade em que se pune e bem, o crime, não concebo a ideia de dar vida a esse mesmo crime quando a vítima poderá passar de uma para duas, pois uma criança que vem nestas condições ao mundo vai ser sempre o espelho da mão criminosa.
Reitero, vamos consciencializar! Se nos consideramos uma sociedade metalmente evoluída, não vamos agora retroceder ao paralismo intelectual de tantos países (principalmente a oriente), onde a vida humana não tem significado algum.
Deixo-vos, aqui entre nós, o alerta...

20 setembro 2006

Um lugar ao "SOL"


O SOL, novo semanário, entrou nas bancas a "matar". Fiquei ansiosa para ver, ou melhor, ler, se este seria um jornal que contemplasse do grande ao pequeno tema, do internacional ao nacional, da esquerda à direita, no fundo, tudo o que se espera de um bom jornal.
De um modo geral gostei, muito! Apreciei o grafismo, os temas e, principalmente, a forma como eram tratados.
O que me desiludiu um pouco? A revista Tabu, talvez esperasse mais...
Só me intrigou uma coisa, de nomes notáveis que contribuem para o novo semanário, "desenterra-se" uma figura ou outra que, aqui entre nós, pareceu-me, somente arranjaram o chamado "lugar ao Sol". E daqui vou ao que não gostei. A coluna reservada a Magarida Rebelo Pinto, não pelo tema ser sexo mas, porquê a M.R.P.??? Com tanto sexólogo doutorado e com provas prestadas na àrea... mas pode ser que me engane e me supreenda.
Quiçá!?
Entretanto, aqui entre nós, fica a nota... leiam!

Com peso e medida


Como mulher não podia deixar de dar um bem haja à iniciativa que se deu na moda espanhola, mais especificamente, na Pasarela Cibeles.
A proibição da entrada de manequins magras de mais no evento não pretende, no meu ponto de vista, punir as próprias, mas lançar um alerta de preocupação no que se passa com a saúde de adolescentes, e realçar que a beleza, principalmente feminina, não tem de ficar abaixo dos 50 quilos (se tanto).
Para as jovens que criam a "síndrome da balança" como critério da sua beleza, estas iniciativas podem ter um impacto positivo e trazer para a praça pública um problema a que os pais devem estar alerta. Mas não só os pais. Como referi, este problema de saúde, de origem psicológica, segundo me fizeram saber, é incitado pelos critérios de beleza definidos pela sociedade em geral e pelos promotores de moda em particular.
Não podia deixar de passar a mensagem aqui entre nós, nem desvirtuar a importância desta problemática, apesar de já ter lido algumas opiniões contrárias de responsáveis da moda portuguesa. Para estes, a medida não faz qualquer sentido e está fora de contexto, para mim, faz todo o sentido e não podia deixar de ser um tema actualíssimo.
Ser-se bonita não é ter 45 quilos e 1,85 de altura, ser-se bonita é ser-se saudável, é, aqui entre nós, ser-se feliz!

Fechados para balanço!



Aqui entre nós já tinha mencionado o fecho de hospitais e maternidades mas não posso deixar de assinalar o tema, pois parece-me que andamos rodeados de mentes doentias.
Então vamos, vamos cortar na despesa pública, vamos! e a prioridade é fechar maternidades, hospitais e/ou centros de saúde e também, claro, as urgências. Notem a natureza da própria palavra, URGÊEEENCIA, algo que urge, certo???
E continuamos a aguardar os cortes no falado, "excesso de recursos humanos", nos salários de "alta patente" mas, claro, isso é algo que deve ponderar outras reflexões pois tem uma importância vital na população, agora os doentes, oh... esses podem ir "pregar" a outra freguesia.
O aumento da função pública não é um problema de agora e vem também de outras cores partidárias que não somente o rosa, admito, mas se isso era prioridade do governo, então, cumpra-se! Não venham é subverter o corte nas instituições que garentem o funcionamento do Estado previdência.
E afinal quando é que se aposta na localização dos jovens nas suas terras de origem? É que assim... assim só aguenta quem já lá vive desde sempre, ou seja, a população mais idosa. Bem, mas como esses vão ficar sem os serviços mínimos e poderão não aguentar a URGÊNCIA, bem, se calhar vamos é ficar com desertos populacionais em Portugal. Grande feito!
Permitam-me, os Elvenses, um conselho (sem discriminar a população das 14 regiões, pelo menos, com encerramento de hospitais), quando se virem "aflitos", os vossos filhos que esperem para nascer, e, se vos der a "travadinha", aguentem só mais um bocadito, é que a viajem até Badajoz inda leva uns minutos... olhem, porquê que não se mudam logo para a vizinha Espanha? É que as coisas por la não são perfeitas mas pelo menos as "portas" estão abertas...
Aliás, irónicamente ou não (já que hoje estou para aí virada), o ex líbris da cidade são mesmo "as portas da cidade" que se abrem ao Guadiana.
Pois! Aqui entre nós, hoje, foi mesmo um desabafo dos meus.

17 setembro 2006

Espectadores... de bancada.


Quando me deparo frequentemente com queixas sobre a inflação que os preços dos espectáculos de cinema e de teatro sofreram, eis que para ir à bola a questão já não se coloca. Pelo menos não oiço ninguém reclamar.
É esta a nossa cultura de massas...
Mas depois também oiço, e bem, diversas criticas pelo facto de, num país com tanta carência social, verem-se dois estádios na 2ª circular, haver outros tantos que quase não funcionam, uns que nunca enchem e no mesmo passo, entristece-nos ver cinemas a fechar e os teatros sempre a reclamar por fundos, fundos, pois sozinhos já não subsistem.
É um desabafo que fica aqui entre nós.

Cadeados sem chave




Estou a desfolhar o jornal e num minúsculo canto consigo ler o que para mim seria digno de primeira página: "Escolas vão mesmo fechar".
Parece que em Portugal a reorganização dos serviços públicos não passa pela sua requalificação e sim, e apenas, em cortes. Corta-se nos hospitais e maternidades, corta-se nas escolas, corta-se, no final das contas, no mais importante.
Eu não sou a favor do desperdício de recursos, mas estes cortes podem ter efeitos subversivos e penso que ainda poucos terão reflectido sobre eles. Em primeiro lugar temos o problema da deslocalização de crianças que frequentam apenas o ensino básico. Está previsto o fecho de 1460 estabelecimentos primários onde, apesar disso, se garante a transferência das crianças para outras escolas como se isso fosse a solução mas... e que mais?
Admito até que haja fecho de escolas em meios urbanos mas e as outras???
Num país onde o transporte de alunos é uma realidade sim, mas no sector privado, numa idade em que as crianças devem ter um acompanhamento familiar presente e constante, quando é nesta fase das suas vidas que são impulsionadas para uma formação pessoal, o que se faz? Afastamos as crianças das suas casas, familias e no final, das suas mais puras origens, fazendo-as percorrer quilómetros para ter acesso a uma escola. Notem, apenas e tão só a uma escola.
Já nem vou enumerar as assimetrias regionais por que passa o nosso pequeno país, vou apenas referir, aqui entre nós, que, na maioria dos casos, estamos a falar de crianças carenciadas que já terem acesso a uma escola primária pode ser, para elas, um luxo. Mas enfim...
Ainda há mais! Num momento em que se fala da problemática da desertificação de muitas regiões de Portugal, temos o tomar de uma medida que, penso, em nada ajudará na retoma populacional. Se nos queremos fixar e um dia ter os nossos filhos, é óbvio que lhes assegurar pelo menos a Educação vai ser a nossa preocupação e prioridade das prioridades (e entre ter uma escola a dois passos ou uma a 20/30 quilómetros...).
Mais! Num momento em que se fala nos efeitos benéficos da descentralização, ainda que numa outra perspectiva, temos uma espécie de centralização dos serviços educativos nas àreas com mais densidade populacional. Perfeito ah!?
Pois! E o grande problema é que a Sra. Ministra da Educação já disse que não volta atrás e eu, sinceramente, acredito, pois não é nenhum filho da Sra. Ministra da Educação que tem de esperar, eventualmente, à chuva ou ao sol, por um autocarro, isto se apenas quiser saber quanto são 2 + 2.
É assim que Portugal vai investir na Educação e um dia implementar o ensino obrigatório até ao 12º ano? A mim parece-me que não! Eu vou ficando à espera (mas não de braços cruzados) e, entretanto, isto fica... aqui entre nós.

16 setembro 2006

Abaixo de cão...


Num toque mais pessoal tinha de deixar aqui entre nós uma questão que já faz parte do meu leque de problemas existênciais e que não consegui ainda qualquer resposta. Que nome damos ao sentimento que nos une a um animal de estimação?
E não estou a falar daquela relação clássica, que também eu tenho por alguns animais, de pura brincadeira e afecto mas nada mais do que isso. Estou a falar do sentimento pelo nosso animal de estimação, e sublino o nosso. Sim, porque mesmo num ambiente familiar aquele cão ou gato sabe a quem pertence.
E agora entro eu...
Numa vivência de 15 anos, no tal ambiente familiar, sempre soube que a minha gata me pertencia a mim e o extraordinário... ela também sabia. Irracionalmente lá nos entendiamo-nos e existiamos uma na outra sem dar-mos por nada.
Afinal de contas, o que é isto? Que ligação é esta tão condenada por aqueles que nem a percebem mas que só sabem que este é o nível "abaixo de cão". Porquê este constrangimento agressivo ou meramente irónico que nos fazem sentir quando choramos a morte do nosso animal de estimação que minutos antes de morrer nos deu uma prova da lealdade, característica já tão citada nos que são, afinal, "abaixo de cão"? Onde está a nobreza humana aqui?
E é aqui que entra a essência da existência do meu eu... Com as relações de amizade, trabalho, académicas, políticas e familiares, todas de tão grande imponência e importância, o meu mundo para voltar a ter aquela tal existência "abaixo de cão".
E afinal, serão os animais uma matéria importante para Portugal? Haverá que ter ou não uma preocupação cívica nesta àrea?
Deixo-vos o que aconteceu no meu triste 9 de Julho e já sabem... fica... aqui entre nós.
num canto qualquer .procuro-te e nao te encontro
mas o teu cheiro, esse?... nao me abandona!
sinto, sinto as vIbracoes daquele teu ultimo som, ele que veio direito a mim e ainda o oico
lembro-me, lembro-me do teu olhar...
do instante em que ele se elevou na direccao do ceu e me deixou.
Ja o teu vulto? esse?... ja nao tenho...
a lealdade de todos os momentos?... tambem nao!
Nao tenho espaco para preencher o teu vazio. Sabera a omnipotencia o que perdi??? como? se nem eu sei!
Saudade de ti minha amiga, cuja natureza kix k fosses... 1 SIMPLES ANIMAL.

Uma questão de Justiça


O que deveria ser o normal funcionamento das instituições passou a ser palhaçada e um caso mediático.
Em todo o desenvolvimento do "caso Mateus", volta e meia, questiona-se a legitimidade do Gil Vicente para recorrer aos Tribunais e nunca se questiona, afinal, a legitimidade da FIFA para impor coisa nenhuma...
Suspeita, ou não, para falar, tenho de dizer que nenhuma instituição pode garantir a Justiça, pelo menos, tal como eu a entendo. Sob a escapatória de se tratar de àrea adversa aos corredores dos Tribunais, temos uma àrea de patrões onde se manda o que se quer mandar.
Pois eu penso que não. O acesso aos Tribunais é um direito constitucionalmente previsto, de garante dos direitos e deveres dos cidadãos, direitos das demais instituições e mais, se até o Estado pode "estar sentado no banco dos réus", porquê que o mundo do futebol não pode entrar numa sala de audiências?
É que, veja-se, não se trata apenas de uma questão técnica como legisla a "lei do desporto". Não, não estamos a discutir se em tal jogo houve ou não uma grande penalidade...
Não aceito, nem legitimo, a FIFA como uma espécie de Supremo Tribunal de Justiça no "mundo da bola" e, por isso, o Gil Vicente teve a expressão que teve dos sócios no apoio à Direcção.
O futebol foi sempre visto como algo intocável e é por isso que existe tanta corrupção, seja em que clube for. Mas entretanto isto fica aqui entre nós.

Crisofilia Europeia e Crise em Portugal?


É sempre com grande estupefacção que vejo um qualquer cidadão de Portugal defender que Durão Barroso "fugiu para a Europa". Não só porque me parece contraditório afirmar, o que parece ser, ele não presta por ter ido mas aqui faz falta, mas também porque em pleno século XXI estarmos fechados em círculos proteccionistas e não nos sentirmos europeus, só nos vais atrasar ainda mais no desenvolvimento e empreendedorismo do nosso país.
Quando temos sempre a ideia de que somos pequenos face a outros gigantes europeus e quando o nome Portugal é proposto para tal nobre cargo, em vez de apoiarmos e sentirmos orgulho no nosso país pelo mérito da nomeação, inferiorizamo-nos ainda mais e apontamos o dedo àquele que nos vai representar e levar a nossa bandeira, caindo em discursos "de fuga", como se se tratasse de uma espécie de exílio político.
A Comissão Europeia é o orgão executivo, por excelência, na União Europeia. Esta, executa também o que se emana de outros orgãos da U.E.. Não será promotor e afirmante para Portugal ter o nosso país na mesa da Presidência de tal orgão?
Se assim não pensarmos é porque ainda ficamos retidos na palavra crise, tal como referiu o próprio Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. Condenamos em vez de incentivarmos o espírito de liderança português que deveria ser, esse sim, o motor de todas as estruturas económicas e socias de Portugal, para crescermos e sermos cada vez mais fortes.
Porquê não pensar e acreditar que ocupar um cargo europeu é tão ou mais importante que o desempenhar de funções a nível de Estado?
Sei que este discurso ainda vai ser difícil de obter, pois, muitos de nós, continuam embrelhados na crise de Portugal, fatigando uma crisofilia instalada no sentimento europeu.
Mas esse sentimento europeísta, que eu defendo, só pode ser conseguido com a marca Portugal e, por isso, vamos por as bandeiras á janela sim, mas não só no futebol. O colocar de bandeiras tem de ser para os futuros cargos na U.E., para a nossa indústria, para as nossas empresas, para a nossa gente, para o nosso Portugal português.
Vamos ser a Europa, vamos ser PORTUGAL!
Apenas para concluir, com tanto cepticismo instalado, quando para muitos a U.E. é um Estado vizinho onde só se vai de vez em quando para garantir um ou outro fundo, quando tento instruir em qualquer parte este meu Eurotuguês e como nem sempre consigo, limito-me a pensar, limito-me a escrever, limito-me a desabafos e sei que, entretanto,isto fica... aqui entre nós.

15 setembro 2006

O Homem sonha, a obra nasce...




Finalmente o meu espaço de partilha.
Depois de tanto procurar, eis que por mim e com o impulso de companheiros e amigos descobri um lugar onde a invasão da mente pode ser eterna.
Foi também da experiência de companheiros de militância que, agora eu, me dou a conhecer.
E primeiro foi o desejo dessa eterna mente que me impulsionou. Depois, foi uma mistura de edelex e tudo aquilo em que acredito ser inerente aos direitos do ser humano.
O que me move? Reflexões. Reflexões onde se espelha o eu, o tu, o nós ou, aqui entre nós, a pura e simples troca de ideias e opiniões.
É o que me vai na alma, e porque não, na vossa alma.
Neste meu deserto que só poderá ser o Sahara, e desse nome que me chama, acaba de nascer por mim, o meu espaço, o vosso espaço...
Aqui, cada um é aquilo que quiser ser e partilhará o que quiser dar. Aqui, vai-se dando o lugar ao conhecimento, ou, pelo menos, ao nosso conhecimento, e não se preocupem porque, entretanto, tudo fica... aqui entre nós.