A tantos metros do futuro (...)

Não me é possivel deixar de salientar que, no que concerne ao Metro Sul do Tejo este, embora forma de progresso, não o concretiza porquanto não tem definidos padrões que enfoquem os Almadenses ao projecto e sim, denotam-se ainda mais as desigualdades e assimetrias já sentidas em toda a delimitação concelhia.
Não podemos deixar assim alheio que uma boa ideia se torna a cada dia num pesado fardo a carregar pelos Almadenses.
O que podia ser um veículo de desenvolvimento (literalmente)e de união em todo o concelho concretiza-se num traçado ruinoso e falido em todo o seu potencial.
O que poderia ser um projecto de agregação e melhoria na qualidade de vida da cidade mostra-se um veículo de assento das assimetrias já sentido em todas as àreas suburbanas e que veêm agora intensificadas e agravadas as limitações geográficas que o Metro contempla.
Torna-se também flagrante a forma como uma obra mal pensada, mal executada, promove o declinio do comércio tradicional que vê fragilizados acessos pedonais, perde acessos rodoviários e mais, vê alongados, e por isso perdidos, os tempos de entrada na cidade acarretando o comerciante da cidade a uma quebra inevitável no negócio que, também ele, é um veículo promotor do concelho e que devia, por isso, de ser respeitado... Mas não é!
Verdade é que se alongam os prazos no arranjo dos espaços públicos que privam a cidade ao seu habitat saudável e afastam os Almadenses e seus visitantes da exploração das melhores qualidades da cidade expurgando-os ao infernal e caótico estado de emergência que se sentem nas principais vias de acesso à cidade.
Dificil será explicar também como é que um projecto pensado e estudado (ou não) de raíz, delimita um traçado de um novo transporte colectivo sem contemplar o que os Almadenses sentem ser afinal uma necessidade de primeira importância como o é o seu acesso ao hospital e a todos os promotores da saúde pública...
Falha esta que não só passa a longos, estes sim, metros, do essencial como o será também a segurança pública da cidade onde a estrutura da PSP não foi também ela premiada com a passagem do MST.
Aqui entre nós, e num retorno meu mais uma vez anunciado,não posso deixar de assentar e sublinar que um projecto torna-se num mal sem solução quando por todas as razões expostas e pela promoção flgrante das assimetrias, é elaborada de forma leviana e devido ao seu mal equacionamento e deficiente execução, vem minorar a qualidade de vida dos Almadenses e deixar o concelho, para além de caótico, largado ao acaso e ao levianismo autoritário do poder autárquico mais uma vez, sentido por todos nós...
Quem a colocou lá (à presidente)???... Eu não fui!

(Texto elaborado e adaptado para JSD Almada)