30 junho 2007

Volta inglória...

Desabafos.
Parece que tenho de viver sempre no limite...



Mas também eu digo, aqui entre nós, que não se pode viver com tanto veneno, não se pode dedicar a alma a acumular tentativas, a raiva pesa mais que o cimento... e realmente a retórica é, de facto, uma arma letal...
e mais nada dedico a almas vãs... há dias em que a vida pesa-nos.

15 junho 2007

As machadadas na democracia...

"JSD acusa Estradas de Portugal de censura
Público 15.06.2007, Cláudia Veloso

A Estradas de Portugal (EP) reconhece ter sido um "equívoco" a notificação endereçada à JSD para que retirasse o outdoor da campanha Na Margem Sul só Conhecemos Este Camelo colocado à saída da A2 para Palmela. Ontem de manhã, os dirigentes da JSD deram uma conferência de imprensa junto ao cartaz para denunciarem o que consideravam ser um "acto de censura e uma perseguição política". A EP invocava o "carácter publicitário" do painel, instalado numa estrada nacional "sem autorização" para o efeito, mas a JSD afiançou que não ia retirá-lo, uma vez que o diploma legal referido não se aplica às campanhas político-partidárias. Questionada pelo PÚBLICO, a assessoria de imprensa da EP esclareceu que, "tratando-se de propaganda política, verifica-se a existência de um equívoco por parte da EP ao dirigir a notificação, porquanto tais mensagens excluem-se expressamente daquele regime". Nuno Matias, presidente da distrital de Setúbal da JSD, confirmou ter sido informado, ao final da tarde de ontem, de que a "notificação foi considerada nula". O cartaz com o camelo vai, por isso, continuar em Palmela, "pelo menos mais um ou dois meses". Depois, estará na rua uma outra campanha, em que a JSD vai pegar de novo na ideia do deserto."


Entretanto há sempre a lamentar estes "equívocos" pois, e apesar de eu própria ter sentido que o cartaz era muito ou todo ofensivo ao Ministro (que mereceu, convinhamos), estamos num Estado Democrático e sendo para mais política, os líderes da JSD têm o direito (e por vezes até o dever) de exaltar o que mais lhes incomoda enquanto voz activa de muitos. Aqui entre nós, só lamento não ter podido estar presente nesta iniciativa aqui da minha margem :)

Entrevista grandinha...


A jornalista Judite de Sousa tem esta particularidade, tirando os dias em que estará "morna", não é fácilmente levada pelo entrevistado e o tira-teimas fica delicioso.

Confrontado com a questão sobre o declínio da esquerda socialista um pouco por toda a europa, Francisco Louçã não conseguiu dar "a resposta". É que afirmar que os partidos da esquerda estão em progressão, que em particular o bloco se reafirma como uma força de confiança, e que abre o diálogo à esquerda e, no mesmo passo, não explicar afinal a percentagem pouco significativa que ganha o B.E. junto das intenções de voto, é dar um "tiro no pé". De resto, o próprio referiu, quanto à Europa, que o declínio da esquerda se devia a estes (ditos então, partidos da esquerda socialista), aquando no poder, por terem dado origem ao P.E.C. e de se terem vinculado, por assim dizer, às pretensões da direita (isto por outras palavras).

Mas o que é afinal o vínculo às pretensões da direita? Não será um bode expiatório que Louçã tanto argumenta para não admitir que um partido à esquerda também pode, e é-o, na maior parte das vezes, um elo na limitação dos povos? Aliás, como Professor de economia, Francisco Louçã saberá melhor do que eu e do que muitos, o que quer dizer com o que referiu como objectivo do B.E. em redistribuir a riqueza... Não é isto um instrumento limitador da liberdade e autonomia dos povos? Eu penso que sim (do pouco de economia que tive).

Contudo, e porque nem tudo são espinhos, concordei com a posição quanto ao novo aeroporto. Louçã não fez uma escolha, tornou-se tendencial para um aeroporto com características internacionais na margem sul. No deserto, lá está! E isto porque a OTA se mostra, para além de muito custoso, um aeroporto provinciano e porque as potencialidades estão agora ao sul do Tejo. Creio!

Entretanto, foi divinal a tirada de Judite à Câmara de Salvaterra de Magos no confronto ético com a de Lisboa (numa fica na outra tens de sair!), embora o líder do BE tenha conseguido reverter a questão a seu favor dando a piada a Mendes e à sua política de: se é arguido, "tem bicho!".

Aqui entre nós, divinal também o foi a questão de a oposição à esquerda não supreender, não se destacar na A.R. e de Louçã parecer segurar o partido para este não decair... Será??? Vou ter de concordar com Judite de Sousa pois, embora esta não o tenha dito em palavras, dize-o com os olhos.

08 junho 2007

Certamente não chegarei a um, poderei ou não ficar pela metade mas a um quarto já cheguei e continuo a caminhada enquanto puder... A vida é bela e os dias são para serem festejados. Este é o meu por isso e, aqui entre nós, para a minha companhia virtual, também ela importante, poder também dizê-lo: PARABÉNS A MIM :)))

03 junho 2007

O que é nacional é bom!

Depois de Azeitão, volto á essência do que é uma bela feira regional.
Gostei muito de conhecer pela primeira vez a famosa feira gastronómica de Santarém.
Apesar de ter ido lá um pouco por razões do acaso, a verdade é que, de facto, vale a pena visitar.
Vale a visita porque só numa exposição destas dimensões conseguimos ter, os citadinos natos, um contacto verdadeiro com a nossa agricultura, boa, com a nossa criação bovina, boa e com toda a envolvência de um sector que poderá ser muito, mas muito produtivo e rentável se bem explorado e incentivado. Mais, não é só investimento pelo investimento, é investimento pela qualidade. A provar também um pouco disto a regional doçaria que me regalou as pupilas gustativas. E que bem!
A adorar também nesta feira os equídeos. Lindos cavalos, potros, éguas e claro, os amiguinhos em vias de extinção, os burros.
Entretanto se a disponibilidade assim o ditar e, se ainda não o fizeram, não deixem de visitar o que temos de melhor neste bocadinho de Portugal, desta feita, em Santarém...