19 novembro 2006

Amadeo de Souza-Cardoso


Um post para a minha irmã e para a companhia dela certamente...

Nasce, pinta, parte para Paris, adoece e morre aos 30 anos deixando, porém, uma obra imensa... Amadeo de Souza-Cardoso.

Diálogos de Vanguarda,onde? Aqui entre nós claro, no Museu Calouste Gulbenkian, até 14 de Janeiro.

Morreu Nóbel da Economia de 76, Friedman

1912-2006
Um mundo livre, liberdade de escolha, na oferta, na procura, no indivíduo puro e simples. Um Estado regulador, nunca intervencionista para não colocar em causa as normais flutuações do mercado. Inversão do óptimo de Keynes, conseguido através da mudança de comportamento do Estado na Economia. Defesa de que o governo ideal seria aquele que ao invés de implementar medidas fiscais, conseguisse deixar o mercado operar livremente, intervindo apenas através do impulsionamento de maior ou menor massa monetária para controlar a inflacção.
Morreu Milton Friedman!
A sua importância para a economia é enorme e, aqui entre nós, hoje só não o será, pois, temos, nalguns países da Europa, uma Política comum, o P.E.C., que não permite oscilações e o controlo da moeda feita através de políticas nacionais. Se assim não fosse, penso que o liberalismo ainda vingaria entre nós com as vantagens e desvantagens que lhe assiste.

Até que Carmona os separe!

Bonus Divórcio!
São muitos os que pensam que Carmona Rodrigues saiu fragilizado devido à ruptura na coligação que mantinha até então com o CDS-PP para governar Lisboa. São ainda mais os que pensam que o Autarca não o deveria ter feito por colocar a sua posição à mercê da oposição.
Para mim o dito "divórcio" vem favorecer o partido, aliás, o dito também "casamento" nem deveria ter acontecido. Por vezes, mais vale governar sem maioria!
Apesar de aceitar que há males necessários, sou completamente contra as coligações com o CDS-PP. A falta de identidade que surge nas duas facções partidárias é notória e não há nada que nos ligue ao Partido Popular, antes pelo contrário. Mais, se não olharmos para a conveniência que existe numa maioria, o que é certo é que esta união não é bem aceite e as querelas em qualquer governação deste teor vão surgindo como aconteceram em Lisboa. Pergunto-me como será possível uma pessoa fazer um acordo político e depois atacar a Presidente da Assembleia Municipal, Paula Teixeira da Cruz?
Recordo também a opinião de algumas pessoas que me são próximas e que são os chamados eleitores medianos, ou seja, os que não são partidários (o que não quer dizer que sejam indiferentes). Diziam-me, na altura da governação do executivo de Durão Barroso, que "se vocês (PSD) não se livrarem do PP e do Paulo Portas vão perder cada vez mais...".
Acabei por perceber que este era um sentimento generalizado e que teria sido até, uma primeira decepção para quem tinha votado no PSD para governar. Confesso que também não gostei.
A coligação a um partido que cada vez perde mais rigor, competência, credibilidade e porque não, votos, só nos puxará para um nível que não é o nosso e acabará por colocar em risco uma matriz que nasceu com o fundar do partido: somos um partido sério!
Maria José Nogueira Pinto mostrou muito bem que tipo de conduta tem o seu partido, através da sua pessoa, e Paulo Portas o tipo de mediatismo que gosta de ter com as suas excentricidades.
Entretanto, aqui entre nós, lá fica o ditado... "mais vale só..."

16 novembro 2006

Uma acusação que tortura


Quem escreve gosta de ser fundamentado pelos acontecimentos e eis que, depois de escrever sobre o discurso opinativo de José Sócrates em que este defendia não haver país onde a defesa dos direitos humanos mais fosse impulsionada senão pelos E.U.A, surge a notícia de que Donald Rumsfeld, ex-secretário de Estado Americano, enfrenta acusações pelas alegadas torturas aos prisos de Abu Ghraib, no Iraque, e de Guantánamo, em Cuba.
De referir que, salvo erro, Rumsfeld terá pertencido à Governação Bush até à semana passada, de referir que o seu nome é ligado à guerra do Iraque e, como já mencionei, às agora conhecidas suspeitas de torturas aos presos onde se coloca em causa a dignidade da pessoa humana. Para terminar, mas não menos importante, processo este que foi accionado por advogados alemães (U.E.) e daí, embora com advogados também americanos, eu concluir que, tal como defendi, com maior ou menor amplitude, a defesa pelos direitos humanos é melhor defendida, não pelos americanos mas sim, aqui mesmo, entre nós, no espaço europeu...

14 novembro 2006

Nas nuvens...

Somente a título de curiosidade deixo-vos o que li hoje no OJE (O Jornal Económico).
A British Airways apresentou uma cadeira totalmente horizontal. O público alvo será a classe executiva.
Aqui entre nós, e depois de ver a foto da cadeira, já me imaginava a viajar e a vestir o pijama, ter o controlo remoto de uma TV e ir comendo qualquer coisita debaixo de um belo cobertor. É mesmo de estar nas nuvens não?

13 novembro 2006

Quem salva o Congo?


A crise no Congo é mesmo problemática. Lamento observar e saber que as querelas que dividem os Homens na República Democrática do Congo, para além de terem tido episódios mortiferos noticiados este sábado, estejam a por em risco a ajuda humanitária a quem mais precisa, às crianças.
Para além também do reforço (a muito custo) dos soldados da ONU, a UNICEF teve de suspenser a ajuda que estava a desenvolver, não só junto das crianças, mas também junto dos civis. E mais, que aos novos confrontos, nem os animais escapam.
Foi noticiado que os hipópotamos naquela região passaram de animais selvagens a "carne para canhão", e já se encontram em vias de extinção. Isto, pelo extermínio levado a cabo por um flagelo que não podemos ignorar, a fome.
A crise no Congo é chocante! Mesmo que não saibamos os contornos desta crise política, não nos pode ser indiferente que crianças inocentes sofram e que animais sejam abatidos nos seus habitat's, sem freio, sem limites, colocando-os numa posição, no mínimo, de supressão, diria.
Entretanto fica, aqui entre nós, uma questão que pairá no ar - quem salvará o Congo da destruição?
Não deixem de visitar:
Unicef
Milénio
Geologia

12 novembro 2006

Sócrates and the human rights (or not)


Quando Durão Barroso, na altura primeiro-ministro de Portugal, aparece junto de Bush, Blair e Aznar nos Açores, as críticas soaram forte e houve mesmo quem os chamasse de criminosos.
Esta introdução para quê? Para isto: recordam-se da posição socialista sobre o tema? Recordam-se da posição socialista sobre a opinião que detinham sobre os E.U.A.? Se se recordam esqueçam, José Sócrates mudou de ideias!
Quando penso que este homem já me surpreendeu tudo o que tinha para me surpreender vem mais uma. Que o meu ideal de governação não é o socialista já sabem, nem poderia, mas é mesmo o próprio Pinto de Sousa que me deixa estupefacta.
Diário de Notícias de 6 de Novembro de 2006:
"Sócrates diz que EUA são exemplo de respeito pelos direitos humanos". E agora cito, não o título do jornal, mas as palavras do próprio: "Em matéria de visão humanista e respeito pelos direitos humanos, não encontro melhor exemplo que os E.U.A.".
Com esta Sr. Primeiro-Ministro até os seus seguidores ficaram desapontados! Exceptuando a dita excepção, em matéria de direitos humanos e E.U.A. o que vejo é que o povo português não os liga lá muito bem. Teria de ser uma pessoa estranha ao Direito a afirmar tal barbaridade pois onde mais se defende os direitos humanos é na Europa. Foi na Europa que nasceu o Direito, o institucionalizado, e a defesa da pessoa humana faz-se com grande motivação, aqui mesmo, entre nós, no nosso continente. Lamento profundamente que um português venha com americanismos para um discurso público congratulando aos Estados Unidos por uma missão que tão bem tem sido impulsionada por nós... Mas o PM há muito que não nos felicita, nem está a fazer justiça ao trabalho desenvolvido por cá.
Além disso, não me parece ser coerente chamar-se "criminosos" na posição de oposição e a seguir humanistas na de governação e, para mais, quando se discute um caso chamado C.I.A. com uns voos à mistura e tortura de prisioneiros...
Para quem defende que Durão Barroso era, e desculpem-me a expressão mas não é minha, um lambe botas, aí têm a segunda parte da graxa.
Aqui entre nós, e enquanto cidadã, que grande machadada na dignidade da pessoa humana e no trabalho Europeu. Enquanto não seguidora do PM, não deveria estranhar, pois, este, já deu provas do que significa a palavra pessoa no seu dicionário... ele, e somente ele!

11 novembro 2006

Com a corda ao pescoço


Mais um tema polémico. Saddam Hussein condenado à morte por enforcamento.
Embora não conhecendo bem (ou nada mesmo) o direito no Iraque, não sei se repararam que os grandes apoiantes a congratularem-se com a sentença foram, como diria um professor meu, os chamados países sem Direito. E sem Direito no sentido de não terem Lei escrita.
Após a leitura da conturbada Sentença pelo autoritarismo de Saddam, vem o Sr. Bush apoiado, claro, pela Inglaterra, dizer que finalmente chegou a democracia ao Iraque. Não me parece.
Como estava a tentar dizer, curiosamente, os grandes apoiantes são os que têm a regra do precedente nos Julgamentos, regem-se pelo princípio da equidade (ou não), e não têm Lei escrita e sim sistemas de common law. Para mim a maioria do Direito Europeu é o melhor e mais uma vez a U.E. não me deixou ficar mal quando expressou que esta... não era a Sentença.
E porquê? Porquê se este é afinal um ditador que praticou os referidos crimes contra a Humanidade? Porque para mim falta legitimidade. Então se este é condenado porque não podia intervir na vida das pessoas, tirando-a mesmo, então, será que não se perde a razão quando os aplicadores da "lei" interferem também eles, com a condenação à morte, interferindo também na vida humana? Se não se tem legitimidade para retirar o direito à vida, direito mundialmente reconhecido (ou talvez não), enquanto criminoso, ter-se-à enquanto legislador e aplicador da lei??? Eu penso que não e por esta razão não defendo a pena de morte em situação alguma por isso mesmo... com que legitimidade se condena o mal fazendo... o mesmo?
Entretanto, aqui entre nós, parece-me que sendo um criminoso, um ditador, um homem que feriu os direitos mais inerentes à pessoa humana, não se fará desta forma com que Saddam pague pelo que fez pois assim que a corda apertar... the end!

09 novembro 2006

Ad aeternum

4 meses. 120. São 120 dias que passaram e continuo a sentir a falta de algo de cada vez que entro em casa, de cada vez que entro no meu quarto...
Tenho saudades do teu pequeno ser,
que preenchia, afinal, o meu imenso espaço
Entretanto que posso mais dizer... é um memorando, puramente subjectivo, este...

06 novembro 2006

Lacuna Televisiva

O PSD acusou a RTP de ser "palco de propaganda do Governo". Isto devido à ausência de um representante social-democrata no Programa "Prós e Contras", sobre o Orçamento de Estado.
Somos o maior Partido da Oposição! Opah, aqui entre nós, eles têm medo de nós! Amém!

01 novembro 2006

JSD


Nota parcialíssima.
Sou de Almada, como já sabem, mas não posso deixar de lamentar o vandalizar dos placard e estruturas de propaganda da JSD Seixal. De suspeitar que outras estruturas não sejam vandalizadas, como não o são os da JCP. Pois, liberdade não é? Cravos ao alto e pombinhas a voar? Muito bem! Afinal a liberdade de expressão não é também um direito adquirido nem sequer um direito constitucionalmente previsto... certo!?
Perdoem-me a ironia mas é que estas políticas e, quem vive com elas anos e anos sabe, são mesmo irónicas.
Aos meus companheiros: afinal estamos a incomodar. Afinal estão a dar-nos importância. Ainda bem! É muito bom sinal! Vamos para a frente!
Eu, e agora sim, aqui entre nós, passei das palavras aos actos por tanto me terem "picado", por isso, continuem a privar da liberdade alheia que, eu cá, adoro! Tristemente caiem em devaneios puros, os ditos...
E ao tom de brincadeiras de um amigo meu: é J, é D, é JSD!!!!

Corpo (in)Docente!


Tem sido entre nós notícia o frente a frente entre Professores e o Ministério da Educação. Aliás, terminou ontem o que a FENPROF diz ser, as negociações normais e onde, no centro da discussão, está a revisão do Estatuto Docente.
Destacaria dos pontos polémicos a divisão da carreira em duas categorias (professor e professor titular); a imposição de quotas para aceder ao topo da carreira e a criação de um modelo de avaliação que inclui a apreciação dos pais.
Nesta questão parece-me que a ideia central defendida por Rui Pedro Batista é a correcta. Este autor diz, e passo a citar, que "o sistema é pouco exigente, inadaptado às actuais solicitações da sociedade e nem premeia os melhores (sejam professores ou alunos), nem pede responsabilidades a quem não atinge os patamares mínimos de qualidade", e ainda refere que "é preciso mudar profundamente o sistema educativo em Portugal" e que " é urgente avançar com um regime exigente de avaliação". Apesar de não fazer uma conclusão final à sua análise, poderemos pressupor uma certa tendência à sua posição favorável à reforma e, aqui, já terei muitas dúvidas.
Bem, a minha perspectiva teve de ser um pouco estudada porque não conheço as realidades específicas dos professores mas questiono muito o modelo de avaliação agora proposto. Não me parece que a avaliação dos pais seja um bom pressuposto, não, antes pelo contrário. Muitos dos pais não conhecerão também a formação pedagógica e colocá-la-ão sempre em causa se o seu educando não atingir níveis satisfatórios. Por sua vez um professor será emocionalmente influenciado por essa avaliação e tenderá, mesmo que irracionalmente (admitamos), a favorecer ou a dar o benefício da dúvida a alunos que não conseguiram atingir os objectivos. Mais uma vez, efeito subversivo.
A educação em Portugal não está bem e sim, é preciso (e urgente) reformá-la, mas, não tanto atacando ou penalizando os professores, e sim, modificando as estruturas do próprio sistema de ensino, nomeadamente, dando às escolas e aos conselhos directivos maior autonomia de intervenção, racionalização, execução... ou seja, uma espécie de delegação de competências, embora, creio, não o fosse no sentido formal.
A minha descrença sobre a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, já conhecem. Aliás, aqui entre nós, já o referi, e pelo que me preocupa, sinceramente, as suas ideias e ideais reformistas assentes em atitudes autocráticas.
A Ministra passa a ideia de que assim a educação não está bem e, em vez de ter uma posição de supremacia sobre os professores, assume uma posição de superior hierárquico que, engana-se, não tem. Contudo, é óbvio, que a tomada de decisões pelo seu ministério tem as chamadas externalidades (negativas) nos mesmos profissionais. A ideia da avaliação, por exemplo, em vez de assentar na meritocracia (do latim mereo, merecer, obter), ligada a posições de mérito pessoal, não! Assenta numa classificação por fórmulas, numerus clausus e quadros que, mesmo não se sendo um leigo... é chinês!
Para terminar, aqui entre nós, terei de concluir que, um profissional da educação, governado por que cor for, necessita de ter, em si e per si, confiança no Ministério que o tutela, sob pena de cair em descrença e proporcionar um trabalho desmoralizado e, no fim... bem pior!