O tal canal...
Analistas económicos anulem-se. Qual óptimo Paretiano, qual curva de Laffer, qual escola pública de adopção do interesse geral, qual quê!?
Tento manter a minha fé nas instituições públicas por estas prosseguirem a manutenção do bem-estar geral e por provirem pelos bens públicos mas, quando fico a saber que entes das nossas forças armadas, não só têm direito a mais de 20 canais (às custas do Estado) como ainda usufruem do pacote especial Sport TV (às custas do Estado / cidadão-contribuinte-eleitor), perco não só a fé como aduzo, e cada vez com mais veracidade, que as políticas de cortes orçamentais não passam senão de restrição, não para inglês ver, e sim para Comissão ver.
Sim, claro, respeite-se o P.E.C. mas não se perca os 90 minutos da partida que com a religião não se brinca...
Mais, quando o descrédito da sociedade pelas forças armadas se faz sentir com maior intensidade (um pouco devido ao facto de as próprias Forças não se esforçarem por manter a credibilidade que tiveram em tempos), e o Estado suporta gastos, estes sim, supérfluos, imaginemos nós a futilidade imensa em que são depositados os nossos, cada vez maiores, impostos, principalmente em serviços e/ou entidades, ditas, de credibilidade social (se é que ainda existem).
Aqui entre nós, o que dá vazão a este desabafo é um silogismo quase perfeito em que, pelas chamadas falhas de governo e ineficiências da intervenção estatal, temos, consequentemente, o desacreditar geral e, diria, quase uniformizado, nas instituições que provisionam pelos serviços públicos e da produção dos bens públicos ao também já refeerido cidadão-contribuinte-eleitor, sujeito alvo de todo este embróglio.
Do orçamento de Estado e da dotação especial, específica na teoria para grandes calamidades, imprevisiveis e inadiáveis, diria eu... servem para pagar a Sport TV aos nossos soldados e marinheiros...
Entretanto pergunto:
Que mais facturas chegarão á contabilidade do Estado???
Para quando a responsabilização, bem mais que a politica, do Estado???