E referendo mais uma vez...
E referendo mais uma vez.
Não digo que não oscilei nos fundamentos a pesar na balança da minha consciência, isto porque, e principalmente, ouvi pessoas moderadas do sim, com uma visão, diria, bonita da sociedade a construir que, para elas, de outra forma nunca se fará. Contudo, e depois de me ter informado ao máximo de todas as formas que me foram possíveis, vou no dia 11 votar com o meu "Não" reforçado. Não acredito numa sociedade construída 'a partir do telhado' e em que a última das medidas a tomar se torna vã porque, o que está aqui realmente em causa não é a posição dos moderados do sim e sim, perdoem-me a redondância, o extremismo e radicalismo de uma liberalização plena de um acto violento. Do direito, se as medidas que se apresentam são pioneiras em todo o Mundo não têm que ser por isso ridiculas. Que sejam pioneiras, aliás, se esta for a forma de humanizar até porque, numa sociedade baseada na lei da vida e na consagração de tal como um direito como valor supremo, também poderia eu dizer que, se esta questão for despenalizada e/ou liberalizada, também será ridicula, uma vez que, haverá direitos a conflituar pois, a vida, aqui, será segundo factor. Aqui entre nós, nesta questão tão delicada não tenho nenhum tipo de pudor em ter uma Lei sui generis no que toca à questão aborto.
É triste, por fim, observar um "NÃO" cada vez mais moderado pois tenta-se respeitar os dois elos que estão em causa e ver, por outro, um Sim cada vez mais radical, frio, unilateral e liberalizador afastando-se da ponderação da vida e levando o referendo, unica e exclusivamente, para a ponderação do crime.
Da minha parte só posso dizer que me informei e formei: li, vi e ouvi muitas das questões e agora sim, sem qualquer dúvida digo: Voto NÃO porque ASSIM NÃO!
Mas não nos fiquemos por isto. Desafio os SIM's e NÃO's a, aqui entre nós, proporem medidas, regras, however para construir algo de bom. E se eu não tiver voz, ou se não tiverem voz, não se preocupem, já nos cultivámos, não?? :)
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