Exclusão ou Inclusão? LARANJEIRO, no limiar da verdade.
Falemos da minha terra ou, apenas e tão só, do lugar onde vivo desde sempre: o LARANJEIRO. O Laranjeiro é uma localidade do concelho de Almada (claro está), e localiza-se, digamos, em fronteira com duas localidades do concelho do Seixal. Não me vou alongar em toda a história voltada em torno de um mito sobre um suposto proprietário da Quinta de Santo Amaro que daria pela alcunha de Laranjeiro dando lugar ao topónimo. O que direi aqui é que a enfadada Câmara faz a inclusão social excluindo-a. Quando se realoja pessoas carenciadas em habitações sociais criando-se bairros geométricamente pensados e assimétricamente localizadas na mesma localidade, a inclusão não se fará. Contrariamente à minha política de inclusão, o Laranjeiro alberga em si o Bairro da Fundação, do Rato, do Cotelinho e o do Parque das merendas o que faz com que a àrea e a densidade populacional por si geradas não consigam incluir-se na restante já inclusa, dando-se antes lugar ao reverso da medalha. O que se torna patente neste tipo de politização é que o que não se gosta ou não se quer ver, coloca-se na borda e estando o Laranjeiro localizado à margem do seu concelho fronteiriço com a vizinha cidade do Seixal, coloquemos aí o que a cidade almadense não quer ver, os seus carenciados. Não é que queira para outros o que não quero para mim mas, quando o Laranjeiro tinha em si dois bairros sociais, a verdade é que a inclusão se fazia, até, de forma natural. Agora, colocar-se tudo no mesmo saco nem sequer me parece moralmente admissível.
O que sucede? As escolas estão mais vandalizadas, mais degradadas, marginalizadas e isso, claro, tem os seus reflexos no (in)sucesso escolar. É esta a pior das visões da gestão pós 25 de Abril com uma liberalização tendente a sem regra e nem medida e que nos faz viver na pior das políticas comunistas. O que acontece também, é que o Laranjeiro nasce agora num ambiente marginal ao que tinha há vinte anos atrás. O que eu alerto constantemente é que, por detrás de bandeiras autárquicas ofuscadas por um desenvolvimento que se crê existir atrás de um metro de superfície, o que existe hoje no Laranjeiro é um regredir na sua comunidade que cai, infelizmente, nos tristes parâmetros do que reina agora na margem sul do tejo e que me entristezem de cada vez que olho nostálgica ao que eram as minhas coisas, a minha rua, os meus vizinhos e o que são, efectivamente, hoje...
Apenas para terminar, por detrás de tudo isto o que a população precisa é de se fazer ouvir. Note-se, por exemplo que, quando os placard's da JSD Seixal se faziam ver nos rostos dos seus representantes, acabavam vandalizadas em um-dois dias após a sua colocação, o que é certo é que, quando optaram por colocar um placard alertando para as obras inacabadas da Câmara que todos contestam, sem rostos, sem evocar a emoção, sem apelar á militarização, o resultado foi e É, a continuação inalterada do laranja que se faz ler, diria, há mais de um mês.
Conclusão: é esta a política que o cidadão quer, os problemas expostos na dimensão que ganham a cada um de nós e, aqui entre nós, o acabar de promessas ou das frases típicas que quase já sabemos de cor.
7 Comments:
Concordo com a generalidade do texto.
A câmara à medida que os anos vão passando, vai virando as costas às pessoas, fingindo que está tudo bem, ficando quase numa redoma.
É claro que não está. Tu falas do teu canto, mas existem mais cantos "fronteiriços", onde se despejam pessoas, no concelho.
É no minimo triste, Sara. E são estas pessoas que se dizem solidárias e amigas da população...
bem verdade nem podia concordar mais...
vendo a evolução e o desenvolvimento desta cidade de Almada consigo ver definido agora dois grandes centros de "Inclusão" o Monte da Caparica e o Laranjeiro, onde antes havia disperços pelo conselho alguns bairros sociais agora vê-se concentrado no Laranjeiro... o que me parece é que afinal o Bairro Amarelo não chegou para albergar a crescente pobreza e os ditos "plo povo" não gostam de se ver "misturados" com o povo!!!
consigo concluir que inclusão??? sim incluimos todos no mesmo bairro :P
Custa-me dizer isto por se tratar de seres humanos mas, há que chamar as coisas pelos nomes. Algumas zonas do concelho de Almada foram transformadas em grandes contentores onde foi colocado o lixo que outras paragens não quiseram.
O local que a Sara indica é, apenas um deles. Mas há outros: bairro do Pica Pau Amarelo, Bairro Branco, etc.
Estes processos não foram pacíficos mas... quem cala consente.
Para onde foram os habitantes do Casal Ventoso?
Já me alonguei e logo na primeira vez que escrevo neste blog...
Os habitantes do Casal Ventoso não foram ou vieram para lugar algum. Isso foi um mito urbanos, que aliás contribuí para alicerçar num jornal de que era chefe de redação, em Almada.
Verdade é que me custa verificar que os bairros sociais são, e em todo o país, relegados (ou renegados) para os limites do concelho... Laranjeiro, Feijó, Vale de Figueira, é sempre assim...
Margem sul forever. Laranjeiro sempre!!! Visitem meu blog http://romanticboy69.blogs.sapo.pt ou da minha dama http://lili18.blogs.sapo.pt ou outro blog http://anedotas12.blogs.sapo.pt. Fiqum bem!!!
ola me chamo angela, sou nova no blog e gostaria ter contacto com pessoal do laranjeiro,vivi muitos anos ahi e por coisas da vida fui a viver ao estranjeiro,perdi todo contacto com a gente se alguem quer ter contacto comigo para falar sobre diversos temas e intentar encontrar alguem que eu conheca so tem de deixar mensagem nno correio adeus e ate pronto
Boa tarde , eu gosto de ver e pessoas que nem moram no laranjeiro e alugam as suas casas (barracas) a pessoas nessecitadas e a câmara municipal não quer ver .A câmara quando da uma casa a essa pessoa que vive nessas condições a barraca deveria ser destruída mas não vem mais um cigano mais um traficante etc o senhorio nunca perde e assim e que temos ótimos bairros patrilhados pela polícia 👮 , ainda hoje penso porque e que eu comprei uma casa para a minha família quando vejo pessoas a gozarem com os meus descontos da segurança social e depois andam a vender droga e com vários carros a porta .
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