Um mito de amor
Chegados à mitologia grega encontramos Eurídice, auloníade, uma ninfa associada aos pastos em montanhas e vales, cuja beleza despertou a inveja de Cirene, outra ninfa, que se transformou em cobra e a mordeu conduzindo-a à morte. Desesperado, Orféu, que a amava intensamente, tocou a mais triste e melancólica das melodias que conseguiu até convencer os guardiões que protegiam os mortos no mundo inferior, que permitiram assim o retorno de Eurídice ao mundo dos vivos com a única condição que Orféu só a olhasse quando chegados à luz do dia.
Orféu que caminhava sempre em frente não conseguiu, porém, controlar a ansiedade e olhou para trás na expectativa de saber se Eurídice o seguia. Seguia, é certo, mas não tinha, porém, passado para a luz do mundo dos vivos, transformando-a assim em fino fantasma. Ao perceber que a perdera para sempre, Orféu tornou-se no mais amargo dos homens, fazendo com que rejeitasse outra qualquer companhia, o que enfureceu as outras ninfas que desejavam ser por este desejadas e planeando, desta (des)feita, e em tom de vingança, a sua morte. Dita o mito que, apesar de decapitado, enquanto a sua cabeça flutuava pelas àguas, Orféu ia cantando a sua melodia triste até que encontrou, no mundo dos mortos, a sua amada e com ela ficou como era seu desejo.
Eis a história, melhor ou pior contada (e desculpem-me os filósofos de profissão), de um romance passado a ópera e que inspirou Christoph Willibald Gluck, pianista e compositor do século XVIII.
Aqui entre nós, de olhos cerrados oiçam, simplesmente oiçam! Divinal! Deixo-vos com o pianista Nélson Freire...
Orféu que caminhava sempre em frente não conseguiu, porém, controlar a ansiedade e olhou para trás na expectativa de saber se Eurídice o seguia. Seguia, é certo, mas não tinha, porém, passado para a luz do mundo dos vivos, transformando-a assim em fino fantasma. Ao perceber que a perdera para sempre, Orféu tornou-se no mais amargo dos homens, fazendo com que rejeitasse outra qualquer companhia, o que enfureceu as outras ninfas que desejavam ser por este desejadas e planeando, desta (des)feita, e em tom de vingança, a sua morte. Dita o mito que, apesar de decapitado, enquanto a sua cabeça flutuava pelas àguas, Orféu ia cantando a sua melodia triste até que encontrou, no mundo dos mortos, a sua amada e com ela ficou como era seu desejo.
Eis a história, melhor ou pior contada (e desculpem-me os filósofos de profissão), de um romance passado a ópera e que inspirou Christoph Willibald Gluck, pianista e compositor do século XVIII.
Aqui entre nós, de olhos cerrados oiçam, simplesmente oiçam! Divinal! Deixo-vos com o pianista Nélson Freire...
2 Comments:
Lindo...simplesmente mágico.Tal como a história que o inspirou, tal como o amor, o verdadeiro amor.
A cada nota, a cada dia, a cada som a cada palavra...tal como o amor.
Adorei.
Beijo
Lipa
Como é que eu sabia que ias gostar!? ;) é mesmo lindo! Triste, mas uma tristeza calma perpétuada no som difundido no ar... Acho que também percebes que gosto... muito ;) Beijo*
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